João Ponte enaltece grande trabalho que tem sido feito pela AASM ao nível do contraste leiteiro | Agricultor 2000


Na cerimónia de apresentação e entrega dos livros de contraste leiteiro de 2015 e 2016, João Ponte deixou o alerta às indústrias: "Portugal continental ainda importa atualmente 54 mil toneladas de queijo e exporta 9,5 toneladas. Na Região produzimos 31 mil toneladas. Números que indicam que há ainda algum trabalho a fazer na Região em termos de reforço de presença dos nossos produtos na mesa dos portugueses"

Durante a apresentação e entrega dos livros de contraste leiteiro de 2015 e 2016, e distinção das melhores explorações e melhores animais de São Miguel, o Secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, fez questão de ressalvar a importância do momento que "serve para evidenciar o que foi o nosso percurso nos últimos anos, um percurso que nos orgulha, nos motiva e de confiança para o futuro".

João Ponte não esqueceu de enaltecer "o grande trabalho que tem sido feito pela Associação Agrícola de São Miguel" ao nível do contraste leiteiro e que tem contribuído "para o sucesso da produção nesta ilha e para a qualidade".

Perante as "dificuldades e desafios importantes" que o setor tem evidenciado, o Secretário Regional da Agricultura e Florestas referiu que "ao longo dos anos temos conseguido ultrapassar esses desafios e dificuldades e hoje, quando olhamos para trás, verificamos que foi um percurso de desenvolvimento, de esforço estruturado do sector e criação de valor".

E falando em desafios futuros, João Ponte deixou alguns números para a indústria: "Portugal continental ainda importa atualmente 54 mil toneladas de queijo e exporta 9.5 toneladas. Na Região produzimos 31 mil toneladas. Números que indicam que há ainda algum trabalho a fazer na Região em termos de reforço de presença dos nossos produtos na mesa dos portugueses, mas também em mercados já abertos do ponto de vista internacional e onde Portugal tem já uma presença importante".

Daí que o desafio seja de "vender melhor os nossos produtos, conquistar novos mercados para criarmos mais riqueza para podermos pagar melhor toda a fileira, que vai desde a produção à indústria".

Para isso, João Ponte diz que é necessário continuar a apostar na modernização das infraestruturas, "que são verbas importantes que todos os anos alocamos ao nível dos caminhos e abastecimento de água e eletrificação, porque isso muitas vezes permite as explorações terem leite refrigerado e isso faz toda a diferença em termos de qualidade e em termos de preço pago à produção".

João Ponte indica que a indústria também tem de estar "atenta às tendências do consumidor, à procura de novos produtos, saudáveis, amigos do ambiente, os chamados alimentos funcionais, do crescimento no consumo de proteínas. Tudo isso terá que impulsionar a inovação no setor", alerta.

"Conquistar o mercado é uma coisa que demora o seu tempo e quanto mais cedo o fizermos, mais cedo teremos resultados positivos", referiu João Ponte que deixou também uma nota aos jovens. "Nos últimos anos entraram muitos jovens, nos últimos 3 anos, foram mais 20 primeiras instalações e isso também é motivo de garantias de continuidade deste setor e de sucesso. Trazer mais jovens é trazer mais inovação, energia e isto é muito importante para o setor", embora seja necessário resolver a questão da segurança social dos jovens agricultores.