Neste evento que contou com mais de 100 participantes de escolas, centros de saúde, entidades bancárias, santas casas de misericórdia, camaras municipais, indústrias de lacticínios, entre outras entidades oficiais, cooperativas e privados, o Presidente da Associação Agrícola de São Miguel, pretendeu mostrar que a "carne, o leite, os produtos hortícolas e a fruta que fazem parte da nossa agricultura" são os principais pilares para uma alimentação saudável e equilibrada. Posto isto, deu destaque à recente polémica decisão do Reitor da Universidade de Coimbra retirar a carne de vaca da cantina universitária, tendo-se oposto a esta decisão pois, embora a Universidade de Coimbra seja uma grande referência nacional, nunca podia ter proibido a carne de vaca, considerando que o Reitor "fez um frete a alguém" ao ir em frente com esta decisão, que é contra a produção agrícola nacional, inserindo-se numa tendência intelectual existente populista, onde se promove a difusão de correntes de opinião que tendem a desvirtuar a realidade dos factos, pelo que é fundamental a existência deste tipo de workshops, que sejam capazes de apontar as principais características de uma alimentação adequada à população.

Reconheceu que contrariamente do que se fala no Continente, os Açores têm feito um grande trabalho para diminuir os impactos das alterações climáticas, "os estudos apresentados possuem sempre uma parte negativa e outra positiva (…) e as pessoas esquecem-se do positivo". Isto por que no caso dos Açores, estamos em vantagem, pois até mesmo na reivindicação de apoios "temos um capital que pode ajudar a diferenciar uma descriminação positiva nas ajudas para a Região Autónoma dos Açores, precisamente porque estamos muito à frente naquilo que é a preservação do nosso ambiente. E ninguém gosta mais nem faz melhor do que os agricultores. E estes vivem diretamente do solo e do ambiente". A grande maioria da nossa produção agrícola incide no verde das pastagens, preservando os nossos solos e o incremento de energias renováveis.  Ainda, quanto às recomendações da União Europeia no que diz respeito ao agravamento dos problemas ambientais, o Presidente sublinhou que "temos na região, um capital de ambiente que pode perante a União Europeia, e mesmo a nível nacional, ser a nossa grande arma de reivindicação".