KENOMIX um aliado na proteção total dos tetos dos seus animais! | Informações Técnicas


A mastite bovina é uma patologia de grande importância sobre a qual muito se tem investigado ao longo dos últimos anos, uma vez que, acarreta prejuízos económicos avultados na indústria da produção de leite.

Esta patologia é uma das infeções mais frequentes que afetam o gado leiteiro, levando a perdas económicas pela diminuição na produção e na qualidade do leite, para além do aumento dos custos de maneio, dos fármacos e serviços veterinários, além do refugo dos animais afetados. Como tal, é de extremo interesse ressaltar a importância da mastite, no que se refere à saúde pública, devido ao envolvimento de bactérias patogénicas que podem colocar em risco a saúde humana.

Um dos grandes problemas da mastite é a sua prevalência silenciosa, ou seja, subclínica, determinando perdas de até 70%, enquanto 30% devem-se à mastite clínica (Santos, 2001). A prevalência da mastite está relacionada, principalmente, ao maneio antes, durante e após a ordenha. Isto explica a importância da consciencialização do elemento que faz a ordenha, dos procedimentos adequados de ordenha, incluindo as formas corretas de higienização e desinfeção do ambiente, do animal, do profissional e de todos os utensílios utilizados na ordenha.

A redução quantitativa e qualitativa do leite produzido provocada pela mastite subclínica no quarto infetado, varia muito, dependendo de fatores ligados à natureza do(s) agente(s) etiológico(s), da resposta imunitária do animal, da evolução e duração da infeção e da propagação da mastite no efetivo.

Estas condições ainda são influenciadas pelos cuidados e medidas sanitárias adotadas. Ou seja, segundo Dingwell et al. (2004) a ordenha é uma prática aparentemente simples, mas de importância fundamental na exploração leiteira. A forma como se processa a ordenha influencia a qualidade do leite e o preço que a indústria de laticínios paga ao produtor.

A prevenção é a chave para o controle da mastite. Um adequado maneio de ordenha (higiene, procedimentos e equipamentos) pode diminuir o número de animais acometidos por mastite clínica e subclínica, reduzir a taxa de novas infeções, melhorar a contagem de células somáticas do efetivo e a qualidade do leite produzido. Isto trará benefícios diretos aos produtores de leite, indústria e consumidores (RUPP et al., 2000).

Segundo Radostits et al. (2002) dentro de um programa de controlo da mastite, alguns pontos devem ser levados em consideração:

1- Imersão de tetos pré e pós-ordenha de todos os animais ordenhados com desinfetante que não agrida a pele dos tetos;

2- Descarte de animais que apresentam mastite crónica ou mais de três casos clínicos na mesma lactação;

3- Tratamento adequado e imediato de todos os casos clínicos;

4- Adoção de terapia da vaca seca para todos os animais do efetivo;

5- Correta manutenção do equipamento de ordenha.

A implementação eficaz destes cinco princípios básicos no controlo da mastite depende da identificação das vacas e efetivos infetados, de decisões corretas para o tratamento, do isolamento eficaz ou esquema de seleção de animais, além da implementação de estratégias de maneio para evitar que haja uma disseminação desta patologia.

Neste artigo vou somente salientar a importância da realização do pós-ordenha, onde é recomendado a imersão dos tetos após a ordenha em solução desinfetante tendo como objetivo cobrir toda a extensão dos mesmos, sendo este passo um procedimento fulcral para o controlo da mastite ambiental.

Como tal, a CID LINES desenvolveu a perfeita combinação entre uma forte desinfeção e um cuidado total da pele: o KENOTMMIX.

O KENOTMMIX é um desinfetante para utilizar no pós-ordenha, sendo este uma combinação de desinfeção potente e de longa duração que desinfeta e protege os tetos. Este pós-ordenha é à base de dióxido de cloro (CLO2). O KENOTMMIX forma um filme azul brilhante, bem visível na pele dos tetos que graças à tecnologia barreira incorporada, cria um filme viscoso que cobre o esfíncter, levando ao encerramento do canal do teto, para além de fazer uma cobertura perfeita do teto do animal. Como não pinga, torna a sua utilização muito económica, sendo o consumo médio de 3 litros/vaca/ano/2 ordenhas.

O KENOTMMIX é classificado como biocida, tendo sido validado pela sua atividade bactericida, de acordo com a norma EN1656:2009, necessitando somente de 5 minutos de tempo de contato. Como referido anteriormente, é um desinfetante de largo espetro sendo um gás puro numa solução com alta capacidade de penetração. De destacar que tem ação contra agentes contagiosos e ambientais, ou seja, bactérias Gram + e Gram -; aeróbias e anaeróbias; esporos; vírus e fungos.

O fato de ter uma elevada percentagem de emolientes (10%), nomeadamente o sorbitol e o glicerol que conseguem prevenir a perda de humidade, melhoram o condicionamento e assim permitem uma melhor condição da pele do teto.  É o primeiro pós-ordenha à base de dióxido de cloro que não é agressivo para a pele, conseguindo de facto melhorar a mesma!

É um desinfetante que tem uma longa estabilidade, ao mesmo tempo, que apresenta uma longa atividade. Ou seja, é necessário misturar o KENOTMMIX Ativador ao KENOTMMIX e após 1h dessa mistura a solução está pronta a utilizar, com um valor médio de 0,0157% v/v de dióxido de cloro, podendo ser utilizado durante 26 dias. KENOTMMIX foi especialmente formulado para gerar uma quantidade estável de dióxido de cloro no tempo. Por isso, não necessita ter na sua formulação mais nenhum princípio ativo para manter a sua eficácia.

Em suma é um desinfetante que deve ser utilizado quando os animais estão sujeitos a elevados níveis de pressão infeciosa, uma vez que a sua formulação garante uma excelente desinfeção e uma óptima condição da pele do teto.

 

JOANA DIAS

MÉDICA VETERINÁRIA

ZOOPAN

 

Dingwell R.T., Leslie K.E., Schukken Y.H., Sargeant J.M., Timms L.L., Duffield T.F., Keefe G.P., Kelton D.F., Lissemore K.D. & Conklin J. Association of cow and quarter-level factors at drying-off with new intramammary infections during the dry period. Prev. Vet. Med. 2004, p. 75-89.

RADOSTITS, O. M., Blood D.C. & Gay, C.C. Clínica Veterinária. Um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e eqüinos. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2002, p. 1737.

RUPP, R.; BEAUDEAU, F.; BOICHARD, D. Relationship between milk somatic-cell counts in the first lactation and clinical mastitis occurrence in the second lactation of French Holstein cows. Prev. Vet. Med., 2000, p. 99-111.

SANTOS, M.C. Curso sobre maneio de ordenha e qualidade do leite. Vila Velha: UVV, 2001, p. 5.