Vespa das galhas do castanheiro | Informações Técnicas


Vespa das galhas do castanheiro

Dryocosmus kuriphilus (Hymenoptera; Cynipidae)

 

A vespa das galhas do castanheiro, originária da China, é uma das pragas mais prejudiciais para os castanheiros.

Em 1974 foi detetada nos Estados Unidos da América

Na Europa em Itália em 2002.

Depois disso já foi detetada em França, Eslovénia, República Checa, Suíça, Hungria, Croácia, Holanda, Espanha e Alemanha.

Em junho de 2014 foi observada em Portugal Continental, encontrando-se atualmente dispersa nas zonas Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo. Em agosto desse mesmo ano foi também detetada na ilha da Madeira.

Nos Açores foram detetados os primeiros focos em março de 2021.

Este inseto ataca apenas castanheiros. Provoca a formação de galhas nos gomos e nas folhas. As galhas limitam o crescimento dos ramos e o desenvolvimento das árvores e impedem a frutificação. A produção e a qualidade das castanhas podem diminuir drasticamente levando ao declínio dos castanheiros.

 

Sintomas

Os ovos e as jovens larvas não são fáceis de observar.

O ataque só se torna evidente no início da primavera, quando a planta sai do estado de repouso vegetativo. Nessa altura, as larvas começam a alimentar-se e dá-se a formação das galhas.

As galhas podem medir entre 5 e 20 mm de diâmetro. No início são esverdeadas, mas com o tempo tornam-se rosadas e passam a ser mais visíveis.

Após a emergência das fêmeas, as galhas secam e podem continuar na árvore durante dois anos, permanecendo visíveis.

 

Biologia

A vespa das galhas do castanheiro tem apenas uma geração anual.

Para a reprodução não são necessários machos (estes nunca foram observados) e toda a descendência é composta por fêmeas.

Em Itália, as fêmeas emergem das galhas a partir do final de maio até final de julho e vivem durante 2 a 10 dias. Medem cerca de 2,5 a 3 mm de comprimento e têm o corpo preto enquanto as patas e as antenas são amarelados.

Logo após a emergência, as fêmeas depositam os ovos nos gomos dos castanheiros, podendo colocar mais de 100 durante a sua vida. Os ovos são brancos.

Passados 30 a 40 dias as larvas desenvolvem-se, mas permanecem dentro do ovo durante o inverno. Na primavera seguinte, quando os gomos começam a desenvolver-se, as larvas entram em atividade e provocam a formação das galhas, no interior das quais permanecem até à emergência das fêmeas adultas. Cada galha contém em média 3,5 larvas, mas pode chegar a ter mais de 16.

A fase de pupa verifica-se entre meados de maio e meados de julho. Depois emergem as fêmeas adultas, que irão dar origem a uma nova geração. Mesmo depois de completamente desenvolvidas, as fêmeas permanecem no interior das galhas durante 10 a 15 dias. Após esse tempo, saem através de um pequeno orifício que fazem na galha.

Meios de dispersão

A circulação de plantio ou de partes de plantas de castanheiro originárias de zonas onde existe este inseto é a principal forma de introdução e de dispersão da praga.

A dispersão a curtas distâncias pode realizar-se através:

1 - da circulação de material infestado (ramos ou jovens plantas),

2 - do vento ou

3 - do voo das fêmeas adultas, que se verifica de final de maio a final de julho. A deslocação das fêmeas é favorecida por ventos ligeiros ou através do seu transporte pelo Homem em veículos ou no vestuário.

 

Fases de risco

A fase de maior risco, durante a qual deverá ser feita uma vigilância atenta, ocorre na altura em que as galhas verdes se desenvolvem (meados de março até finais de maio).

 

Meios de luta

Atualmente os meios de luta mais eficazes são a prevenção e a luta cultural. É muito importante conhecer este inseto e os sintomas que provoca para evitar a sua introdução e a sua dispersão nos Açores.

De meados de março até finais de maio, é essencial vigiar as plantas jovens no campo para eliminar e destruir todas as galhas que sejam observadas antes da emergência das fêmeas, de modo a evitar o início de uma nova geração.

A sua colaboração é fundamental para manter os Açores isentos desta importante praga dos castanheiros.

Quando observar sintomas de ataque deste inseto ou quando suspeitar da sua presença, contate o Serviço de Desenvolvimento Agrário da sua ilha ou a Direção de Serviços de Agricultura.

 

Serviço de Desenvolvimento

Agrário de Santa Maria

Email: info.sdastm@azores.gov.pt

Telefone: (+351) 296 820 750

Serviço de Desenvolvimento

Agrário da Terceira

Email: info.sdat@azores.gov.pt

Telefone: (+351) 295 404 330

Serviço de Desenvolvimento

Agrário da Graciosa

Email: info.sdag@azores.gov.pt

Telefone: (+351) 295 730 450

Serviço de Desenvolvimento

Agrário de São Jorge

Email: info.sdasj@azores.gov.pt

Telefone: (+351) 295 430 490

Serviço de Desenvolvimento

Agrário do Pico

Email: info.sdap@azores.gov.pt

Telefone: (+351) 292 628 910

Serviço de Desenvolvimento

Agrário do Faial

Email: info.sdaf@azores.gov.pt

Telefone: (+351) 292 200 120

Serviço de Desenvolvimento

Agrário de Flores e Corvo

Email: info.sdafc@azores.gov.pt

Telefone: (+351) 292 590 450

Direção de Serviços

de Agricultura

Email: info.dsa@azores.gov.pt

Telefone: (+351) 296 204 350

 

Secretaria Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural

Direção Regional da Agricultura

Direção de Serviços de Agricultura